Explicando passos de ballet
Muitos dos movimentos do ballet parecem desafiar as leis da física.
Aqui está alguns deles:
Grand Jeté en Tournant (também conhecido como Tour Jeté)
Este movimento é a combinação de um salto com um giro de 180º. A dançarina começa o giro saltando com uma das pernas esticadas. A seguir, ele irá unir as duas pernas e gira no ar. E então ele para no chão com a perna que estava inicialmente esticada e mantém a outra estendida atrás. Como mostra a imagem:
Ao olharmos a bailarina executando esse movimento temos a impressão de que ela está girando apenas quando já está no ar. Mas como isso é possível? para executar um movimento circular é preciso que um torque seja aplicado em um corpo. Mas, uma vez que o bailarina já está no ar, não há nenhuma força atuando sobre ele que possa originar esse torque (a gravidade obviamente está atuando, mas ela não gera um torque) como é possível que ele gire no ar? Exatamente! Quando estamos falando sobre movimento circular a forma como a massa do corpo está distribuída em relação ao eixo de rotação é importante. Uma quantidade chamada de momento angular é conservada quando há ausência de torques. Essa quantidade é o momento da inércia, que vai indicar quando a massa está concentrada, fazendo o corpo girar mais rápido.
Durante o salto ele une as mãos sobre a cabeça e une as pernas concentrando toda a sua massa perto do eixo de rotação. Como o momento angular precisa ser conservado, ele gira mais rápido, dando a impressão de que ele só começou a girar quando já estava no ar.
O que parecia mágica nada mais é que física empregada por profissionais muito bem treinados. Da próxima vez que você vir uma bailarina rodopiando como um ser etéreo, proveniente de outro mundo, lembre-se: isso só é possível graças à física!